A verdade é nua, diz o ditado!
Ora,
se a verdade está despida, a consciência de que uma roupa pode persuadir
é bem antiga! Por isso que a caracterização de um personagem é de igual
importância para a platéia e para o ator. A platéia normalmente confirma o que
precocemente julgou saber do personagem, e o ator, ao se vestir como um outro
qualquer se convence do seu novo estado.
De fato, não podemos subestimar o poder de
comunicação de uma roupa. “Quem tem boca vai a Roma” poderia muito bem ser
substituído por “Quem tem roupa vai a Roma”. Afinal de contas, não basta saber falar pois há lugares que
sequer lhe “dão ouvidos “ se os
olhos não lhe aprovarem de antemão.
Talvez você pense que conhece o bastante de si, que
tem opinião própria e controle das palavras que sai pela sua boca. Mas será que
tem o mesmo domínio sobre o que a sua imagem apresenta, antes mesmo de você
dar-se conta de que já está “falando”?
Oi?
A impressão que tem de si nem sempre é a mesma que os outros têm. Tudo bem pra você
ser mal interpretado?! Ok, pra mim
não!
Mas não existe uma fórmula certa! Isso faria de
todos nós iguais... [saco!] O que existe é um código, que funciona mais ou
menos como aprender a ler e escrever...